Ponte D.Luís
Para quebrar um bocado esta monotonia e cinzentismo, deixo-vos com este solarengo Porto à beira-Douro plantado com poema incluído, memória de um fim de semana fantáspórtico. (Deve ser lido em voz alta e declamativa.)
"Após cruzar a ponte, sobranceira e altiva,
Sobre as duas encostas que se entreolham mutuamente
Alcanço finalmente
De uma a margem oposta
Esta verde e fresca de relva adornada
Que ao sol quente se deixa ficar espreguiçada

De entre os muitos lugares em que ali se pode parar um pouco,
Uns já com banco e encosto feito,
Outros mais escondidos
Que têm ainda de ser imaginados,
Escolho um para meu poiso e descanso.
Um calor invade-me a cara e o sereno correr do rio tranquiliza-me o espírito
Na àgua, aqui e ali, os reflexos de luz iam pontuando as suaves ondulações do verde escuro

O casario, ali de frente, acotevela-se baixo e estreito
Uns edifícios são cinzentos, querem passar despercebidos
Talvez por isso parecem suspeitos
Ou então é só a curiosidade que desperta tudo o que é discreto
São sólidos e graníticos e, de tão austeros, impõem o seu respeito
Outros, mais folgazões, deixaram-se colorir de tons claros
E aperaltam-se, um pouco tímidos, pela sobriedade dos vizinhos do lado

(Pois, esta foto já é na torre dos Clérigos, mas era para eu aparecer...)
Deixo-me ficar mais um pouco a sentir o tempo desacelerar
Ao ritmo lento das àguas no cais a marulhar
É o segredar de um rio que já viu muito e pouco se sobressalta
Mas que, bondoso, gosta de partilhar essa sua paz e serenidade
Com quem o quiser escutar e que por ali passa
Regresso de novo ao outro lado
Que este dia, como os outros, tem fim marcado
E despeço-me de tão plácida companhia
Pelo caminho cruzo-me com mais gente
Que como eu também ali veio à beira-rio passear neste final de tarde
Aproveitando o momento para conversar um bocado
Não só com os seus botões, seja o caso, que não o meu, de se estar acompanhado."
"Após cruzar a ponte, sobranceira e altiva,
Sobre as duas encostas que se entreolham mutuamente
Alcanço finalmente
De uma a margem oposta
Esta verde e fresca de relva adornada
Que ao sol quente se deixa ficar espreguiçada

De entre os muitos lugares em que ali se pode parar um pouco,
Uns já com banco e encosto feito,
Outros mais escondidos
Que têm ainda de ser imaginados,
Escolho um para meu poiso e descanso.
Um calor invade-me a cara e o sereno correr do rio tranquiliza-me o espírito
Na àgua, aqui e ali, os reflexos de luz iam pontuando as suaves ondulações do verde escuro

O casario, ali de frente, acotevela-se baixo e estreito
Uns edifícios são cinzentos, querem passar despercebidos
Talvez por isso parecem suspeitos
Ou então é só a curiosidade que desperta tudo o que é discreto
São sólidos e graníticos e, de tão austeros, impõem o seu respeito
Outros, mais folgazões, deixaram-se colorir de tons claros
E aperaltam-se, um pouco tímidos, pela sobriedade dos vizinhos do lado

(Pois, esta foto já é na torre dos Clérigos, mas era para eu aparecer...)
Deixo-me ficar mais um pouco a sentir o tempo desacelerar
Ao ritmo lento das àguas no cais a marulhar
É o segredar de um rio que já viu muito e pouco se sobressalta
Mas que, bondoso, gosta de partilhar essa sua paz e serenidade
Com quem o quiser escutar e que por ali passa
Regresso de novo ao outro lado
Que este dia, como os outros, tem fim marcado
E despeço-me de tão plácida companhia
Pelo caminho cruzo-me com mais gente
Que como eu também ali veio à beira-rio passear neste final de tarde
Aproveitando o momento para conversar um bocado
Não só com os seus botões, seja o caso, que não o meu, de se estar acompanhado."
1 Comments:
obrigado rui!!!
estava a precisar disso!!!!
fotos com sol, azul do rio e do ceu e o Porto!!e com o bonus da poesia!!!
obrigado!!!
G.
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